Tricô, restaurante e gorros personalizados
Ver um grupo de mulheres jovens tricotando (literalmente) em algum café ou livraria não é uma visão comum no Rio de Janeiro.
Por isso, fiquei espantada, aqui em Londres, todas as vezes em que me deparei com garotas "cool", moderninhas, sacando da bolsa agulhas e novelos enquanto conversam com as amigas.
Tudo bem que o clima carioca não ajuda. Calor e roupas de lã não combinam muito. Mas eu sempre associei tricô a senhoras fofas, como a minha avó, tricoteira de mão de cheia.
O fato é que aqui, tricô é moda. Há grupos organizados que aceitam integrantes a partir dos 16 anos e se encontram semanalmente no centro de Londres para tricotar e fofocar. E elas ensinam de graça a quem quiser aprender.
Outra prova do sucesso do tricô feito a mão na Grã-Bretanha é o Grannies Inc., uma loja online idealizada por Katie Mowat, de 27 anos, que vende gorros personalizados, feitos de acordo com o desenho do cliente.
Em entrevista ao jornal britânico Telegraph, Mowat disse que aprendeu a fazer tricô durante o ano que passou estudando na Califórnia. Parece que a coisa é moda nos Estados Unidos também.
"Eu dividia um apartamento com quatro meninas e todas elas tricotavam no tempo livre. Havia gente tricotando nos ônibus, nas salas de aula. Julia Roberts estava tricotando, até o Russell Crowe", disse ela.
O último adepto é o chef de cozinha e celebridade internacional Jamie Oliver. Bem, não literalmente.
O restaurante que ele criou em Londres para treinar jovens cozinheiros, o Fifteen, acaba de colocar à venda, em edição limitada, um kit de tricô (foto).
A ideia foi uma forma de aproveitar a lã dos carneiros que são servidos, depois de maravilhosamente preparados, no restaurante. E bem a tempo para o natal.
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Faco trico desde os 12 anos. Se voce mora em lugar quente, voce pode fazer em linha de algodao, nao precisa fazer em la.
Eu faco trico a muitos e adoro, mas prefiro tricotar no inverno.