Ocupe Wall Street, dois meses depois
Dois meses após seu surgimento, o movimento Ocupe Wall Street pode estar perdendo apoio dos eleitores americanos.
Em uma pesquisa divulgada na quinta-feira, mesmo dia em que foram realizados grandes protestos em várias cidades para marcar o aniversário de dois meses, 33% dos entrevistados disseram apoiar os objetivos dos manifestantes, uma leve queda em relação aos 35% do levantamento anterior, há um mês.
No caso daqueles que se dizem contrários ao movimento, a mudança é mais acentuada. Na pesquisa desta semana - conduzida pela Public Policy Polling, ligada ao Partido Democrata - 45% disseram ser contra, percentual bem acima dos 36% da pesquisa anterior.
A pesquisa entrevistou 800 eleitores americanos de 10 a 13 de novembro e tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais.
Assim que surgiu, em setembro, o movimento ganhou instantaneamente a simpatia dos americanos, que se identificaram com suas bandeiras de protesto contra as desigualdades sociais, o poder das grandes corporações e o alto nível de desemprego nos Estados Unidos.
Aos poucos, porém, a imagem do movimento começou a ser afetada por polêmicas e notícias de episódios de violência em alguns acampamentos.
Agora, muitos afirmam que, após a expulsão dos manifestantes que acampavam desde o início do movimento no Parque Zuccotti, em Manhattan - em uma ação policial no começo da semana -, o Ocupe Wall Street tem a oportunidade de buscar um novo rumo.
Segundo analistas, essa mudança poderia incluir a definição de propostas mais claras e até, quem sabe, a participação de forma mais ativa na política do país - a exemplo do movimento conservador Tea Party, que nas últimas eleições mostrou sua força ao eleger vários candidatos.
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Gostaria de saber como isso anda sendo divulgado na mídia americana, visto que é uma das fontes de formação da opinião.