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O Estado da União e o déficit no orçamento

Alessandra Correa | 2011-01-27, 1:45

O chamado feito pelo presidente Barack Obama em seu discurso sobre o Estado da União para que o país olhe para o futuro e se empenhe em manter a liderança em um mundo cada vez mais competitivo parece ter sido bem recebido pelos americanos.

Logo após o discurso, uma pesquisa da rede CBS News indicava que 91% dos americanos que assistiram ao pronunciamento aprovam as propostas de Obama, percentual bem maior do que os 83% registrados no ano passado.

Obama falou da necessidade de investir em inovação, educação e infra-estrutura para que os Estados Unidos possam enfrentar a competição surgida com a ascensão de novas potências como a China e a Índia.

E, diante de um Congresso dividido, pediu que democratas e republicanos trabalhem juntos para que o país possa encarar desafios como a alta taxa de desemprego e o déficit fiscal e "ganhar o futuro".

Segundo a pesquisa, a visão inédita de democratas e republicanos sentados lado a lado - resultado do apelo por união que ganhou força após o atentado contra a deputada Gabrielle Giffords no início do mês, no Arizona - fez com que 62% dos que acompanharam o discurso pela TV se sentissem mais confiantes sobre a possibilidade de cooperação entre os dois partidos.

No entanto, essa cooperação parece difícil. Em sua resposta ao discurso, os republicanos rejeitaram a proposta de Obama de reduzir o déficit sem cortar o que ele chamou de investimentos em áreas consideradas cruciais, como educação, infra-estrutura e pesquisa.

Agora no comando da Câmara dos Representantes, desde a vitória nas eleições legislativas de novembro, os congressistas do Partido Republicano defendem cortes de gastos muito mais drásticos para conter o que chamaram de "peso esmagador da dívida".

Um dia depois do discurso, em meio ao debate, o Escritório de Orçamento do Congresso divulgou a previsão de que o déficit do orçamento chegue ao valor recorde de US$ 1,48 trilhão neste ano, ou 9,8% do PIB.

Segundo o relatório do órgão, o ritmo da recuperação da economia americana ainda é "anêmico" se comparado a períodos de recuperação de crises anteriores, e não é suficiente para reduzir a taxa de desemprego, que continua perto de 10%, sem perspectivas de mudanças no curto prazo.

ComentáriosDeixe seu comentário

  • 1. às 04:19 PM em 29 jan 2011, Galo Oficial escreveu:

    https://www.galooficial.com/
    O presiente do Estados Unidos agora está correndo atrás do prejuízo, pois decidiu demitir todos os ministros.
    E será que vai dá certo, só o tempo dirá.

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