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A bolha paraolímpica

Camilla Costa | 2012-09-11, 16:46

E agora, José? A Paraolimpíada acabou, a pira apagou, a rampa sumiu... (Foto: AP)

No início desta semana, o Transport for London anunciou que as rampas que ajudam cadeirantes a subirem nos trens serão mantidas em 16 estações de metrô da cidade - por tempo limitado.

O órgão anunciou que, nos próximos meses, vai "rever" o uso das rampas e calcular os benefícios para os usuários, custos, etc. A decisão agradou, mas também alarmou muitos londrinos portadores de deficiências que já reclamavam dos problemas de acessibilidade no transporte público.

Em maio, John Thornton fez uma espécie de mapa modificado do metrô, mostrando quais eram as estações realmente acessíveis. O mapa difere razoavelmente do oficial porque, segundo Thornton, mesmo nas estações onde o acesso da rua às plataformas não tem degraus, a subida no trem muitas vezes é tão alta que torna impossível que um cadeirante viaje sem ajuda.

Durante a Paraolimpíada, portadores de deficiências disseram ao jornal britânico Guardian que a "bolha" de acessibilidade durante os Jogos não é a realidade da capital. A atleta Sophie Christiansen, que tem paralisia cerebral e ganhou três medalhas de ouro na equitação em 2012, também afirmou ao jornal que Londres é "horrível" para um cadeirante e que as coisas não deverão mudar muito depois do verão olímpico.

Segundo ela, apesar de o número de funcionários para ajudarem os portadores de deficiência nas estações durante os Jogos ter aumentado - este número já voltou ao normal -, as limitações físicas do acesso ainda não foram eliminadas.

Como dissemos alguns posts atrás, a conversa sobre o legado dos Jogos está só começando, agora que as competições chegaram ao fim. A Paraolimpíada de Londres foi uma das mais vistas da história. Mas o que as pessoas daqui querem saber é se ela será também uma das mais transformadoras.

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