« Anterior | Principal | Próximo »

IOF maior não freia fluxo de dólares em outubro

Fabricia Peixoto | 2010-10-25, 13:38

Mesmo com as recentes medidas adotadas pelo governo brasileiro com o objetivo de reduzir o fluxo de moeda americana ao país, os dólares continuaram entrando no Brasil de forma expressiva no mês de outubro.

Dados do Banco Central até o dia 21 deste mês mostram um saldo de US$ 3,8 bilhões no canal financeiro, que contabiliza as operações com renda fixa, em bolsa e em investimentos diretos.

O montante é o segundo maior registrado neste ano, atrás apenas do mês de setembro, quando U$ 13,7 bilhões entraram no país, principalmente em busca dos novos papéis da Petrobras.

A entrada da moeda americana no país faz a cotação do dólar cair frente ao real, o que prejudica a exportação de produtos brasileiros, ao mesmo tempo em que favorece as importações.

O assunto vem preocupando o governo brasileiro, que no último mês já elevou duas vezes o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O tributo sobre as aplicações estrangeiras em renda fixa subiu de 2% para 6%.

Segundo o Banco Central, o Brasil continua atraindo dólares para a Bolsa de Valores e em investimentos diretos, que não pagam IOF.

O governo vem cobrando uma ação coordenada entre as principais economias que evite a valorização "exagerada" de algumas moedas, como no caso do real.

ComentáriosDeixe seu comentário

  • 1. às 11:17 em 2010-10-27, Claudio Silva escreveu:

    Não é possível reduzir o fluxo entrante de dolares, a não ser pela redução da taxa de juros, que por sua vez só poderá ser reduzida através da redução do financiamento do gasto público. Existe um receio por parte do governo que com a redução da taxa de juros a inflação possa adquirir força e comprometer a meta anual, no entanto, existem outras formas para controlar a demanda embora impopulares, como por exemplo o aumento do compulsório, limitação do prazos de financiamento e etc. O IOF por si só não representa uma barreira importante, já que ele é cobrado somente na entrada e sendo assim, o "especulador" que manter a aplicação por mais de 18 meses terá uma rentabilidade muito acima daquela oferecida pelo mercado europeu ou americano no mesmo período. A tomada de recursos com taxas próximas a 0 % favorecem estes cenários prejudiciais à economia dos países emergentes como um todo inclusive os países com tais taxas, pois favorecem a especulação em mercados financeiros carentes de financiamento e ao mesmo tempo suprimem os recursos para investimentos produtivos domésticos, uma vez que é mais promissor especular que investir em mercados com expectativas deflacionárias como o norte americano ou japonês.

Mais conteúdo deste blog...

Post deste blog de acordo com o tema

Categorias

Estes são alguns dos temas mais populares cobertos por este blog.

    BBC © 2014 A BBC não se responsabiliza pelo conteúdo de sites externos.

    Esta página é melhor visualizada em um navegador atualizado e que permita o uso de linguagens de estilo (CSS). Com seu navegador atual, embora você seja capaz de ver o conteúdo da página, não poderá enxergar todos os recursos que ela apresenta. Sugerimos que você instale um navegados mais atualizado, compatível com a tecnologia.