Amorim: Brasil 'não exclui' envio de mais homens para o Haiti
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil "não exclui" a possibilidade de enviar mais tropas ao Haiti, caso isso "seja necessário".
Durante conversa com jornalistas, Amorim afirmou que "o maior contingente" de homens nas forças da missão da ONU no Haiti já é brasileiro, mas que "à medida que as coisas evoluam", o governo não descarta a possibilidade de enviar mais homens.
"Isto é uma outra decisão que podemos tomar. De imediato o Brasil já tem 1,3 mil homens das forças militares, mais que um batalhão. (...) Não excluo, à medida que as coisas evoluam, que nós consideremos mais", disse o chanceler.
As declarações do ministro foram feitas no mesmo dia em que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que o Conselho de Segurança autorize o envio de mais 3,5 mil homens, entre policiais e soldados, para o Haiti.
Pouco depois, o comandante do Exército, Enzo Peri, afirmou que o Brasil "tem condições de dobrar" o efetivo brasileiro no país.
Também nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que os Ministérios da Fazenda e do Planejamento indiquem representantes para integrar o gabinete de crise criado para monitorar a situação no Haiti.
Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a medida tem o objetivo de fazer com que "não faltem recursos" para ajudar o país caribenho.
O governo brasileiro já prometeu doar US$ 15 milhões para ajudar o Haiti.